29 de novembro de 2010

Por enquanto adeus



Aquele olhar tímido, sorriso sincero e gestos ingênuos cativaram-me, foi instantâneo.
Não planejei seduzi-lo, é bem verdade que usei de artifícios ancestrais femininos para conquistá-lo, mas por interesse puro nada carregado de maldade, não me julgue maquiavélica, a paixão é uma droga de efeitos alucinógenos intensos, porém ligeiros, comigo não foi diferente, lamento que no teu caso tenha causado dependência, conseqüências sérias e evoluído para amor.
Foste à paixão mais inocente que já experimentei uma mistura de amizade e troca de caricias, tentei ajudá-lo a crescer compartilhando contigo minhas poucas experiências e pensamentos e tu humildemente aceitava-os e amansava meu coração que estava a viver uma tempestade de emoções.
Fizeste-me juras de amor, não sei se recordas, mas sempre me calei diante de tuas palavras transparentes, não podia te prometer nada, desde o inicio eu sabia que essa paixão não poderia vingar, desculpa se te fiz acreditar o contrário, é talvez possa mesmo julgar-me maquiavélica, sei que é contraditório dizer que partir seu coração não era um caso pensado, acontece que eu estava ferida, submergida por um rio de mágoas e melancolias, foste uma pomada cicatrizante de ação imediata em minha auto-estima, como poderia recusar tal ajuda, era mais forte que eu, pareço egoísta, eu sei, entendo sua ira, por isso não contrário.
Se ainda posso pedir algo a você... Peço que aprenda a viver com minha ausência, sei bem como é conviver cercada de saudade e recordações. E se é realmente tão difícil me esquecer pare de tentar apagar minha existência de sua vida, apenas aprenda a lidar com essa distancia.
Jamais negarei a saudade de seu olhar simplório, mas nada posso oferecer-lhe, neste momento, além de minha gratidão e torcida por suas conquistas.
PS. A Cássia Eller traduz tudo isso em uma canção "Mudaram as estações".
Ouça, lembre de nós.

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