29 de outubro de 2010

SORRIA!

O sorrisso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores! Mário Quintana



É incrível como tem gente que leva a vida tão a sério e acaba deixando escapar a alegria de viver, não que eu ache que temos que levar tudo na brincadeira sem de fato dar importância a nada, lógico que não! Agora o que não dar é para viver de mau-humor, reclamando da vida, odiando a própria imagem refletida no espelho [como estou gorda peco neste quesito (risos), mas encaro tudo com bom-humor, até porque uma gorducha mal humorada é solidão na certa!], tratando com frieza os que lhe rodeiam, enfim como diz o ditado popular “dando murro em ponta de faca”.
Ok, você vai me dizer; “Mas, gata, eu tenho problemas, minha vida ta um tumulto, tenho contas para pagar e coisa e tal”. Certo, não menosprezo seus problemas, agora aceite e entenda que todos têm problemas, contas, e que nem todos os dias são felizes, existem dias nublados, frios, solitários, mas para tudo isso existe também uma coisa chamada SORRISO! Problemas todos têm isso é normal! Agora tratar os demais com frieza por conta disso é bem mais que egoísmo é uma puta estupidez! Faço minha as palavras de Frejat quando diz: “... Você acha que ninguém sofre mais do que você, talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer...”
Ah, o sorriso move montanhas!
É tão mais fácil se aproximar de quem te interessa lhe ofertando um sorriso, seja ele tímido aquele do cantinho da boca, safado aquele que vem acompanhado de um olhar saliente, extrovertido aquele que demonstra o quanto você está feliz, não importa como e qual sorriso você vai oferecer, o importante mesmo é você sorrir, mas sorria não só por fora, para parecer educadinho, isso é hipocrisia, ou mostrar que tirou o aparelho [tem gente que sorri para mostrar que tem aparelho, tem doido para tudo nessa vida,] sorria com o coração, e principalmente com a alma!
Liberte-se do estresse do trabalho, dos afazeres domésticos, dos trabalhos de faculdade, dos relacionamentos conturbados, das amizades ingratas, das doenças cruéis, dos filhos rebeldes, e de tudo o que te importuna com uma boa gargalhada! Olhe ao seu redor veja como as flores são lindas, o sol está radiante, as crianças são alegres. ISSO! Exatamente isso, aja como criança pelo menos uma vez por semana [adotei essa terapia, mas faço isso praticamente todos os dias] e vai perceber a pele mais jovem, o astral mais elevado e clima menos tenso!
PARE JÁ! 
Pare já de ser tão certinho, de querer ser normal [ser comum é uma chatice, pelo menos pessoas assim não me atraem nada!]! Ouse mais [a ousadia revigora os instintos], dê bom dia a quem você não conhece, puxe assunto em uma lanchonete com um estranho, converse com seu animal de estimação, encontre velhos amigos em um bar, escute as histórias de seus pais, visite parentes, se deixe apaixonar e deixe as pessoas se apaixonarem por você também, faça uma ligação para alguém que há muito tempo não tem noticias, leia um bom livro, saia para dançar, viva, porque os dias são longos, mas os anos são curtos!
Não deixe que a vida passe sem sequer ter cometido no mínimo 20 loucuras. Imagino que seja triste envelhecer e não ter o que contar aos netos, perceber que pouco vivera o presente, pois pensavas sempre no futuro! Preocupe-se menos com o amanhã e dê mais ênfase ao hoje. Faço minha as palavras de minha irmã “Não quero nem saber quem pintou o céu de azul; quero é lata de tinta!”.
Busque evoluir com as dificuldades, tire sempre um aprendizado de tudo porque senão o teu sofrimento terá sido em vão, conseguirás até recuperar antigas amizades, mas os dias, sem sorrir, desperdiçados, ah, esses jamais voltarão!

28 de outubro de 2010

Perigo Ambulante!



Não trate com prioridade quem te trata como opção!” Isso é fato e deve ser levado ao pé da letra.
Sabe aquelas PESSOAZINHAS que te procuram quando estão em suas crises existenciais e precisam provar pra si mesmas e aos outros [amigos, familiares e ex-namoradas (os)] que desfrutam de boa companhia, no caso você, pois bem, esse tipo de espécie merece ser urgentemente excluída da sua lista telefônica e vida, vai por mim isso lhe fará um bem.
Em geral se mostram carinhosos (as), atenciosos (as) e super prestativos (as), exemplos comuns são: “A moça vai almoçar com o rapaz, que, diga-se de passagem, a convidou, chegam ao restaurante [sempre um dos mais requintados da cidade afinal o objetivo do almoço é causar boa impressão e somar pontos com a pobre vitima] até a cadeira para senhorita sentar-se ele puxa a chama de “meu amor”, “bebê”, “princesa”, “linda”, a gentileza em figura de gente, fala direitinho usando bem a concordância e respeitando as regras gramaticais da língua portuguesa, é sempre sensível e em hipótese alguma vai se mostrar machista, isso nunca!...” outro caso:” A menina ouve sem querer [o cara atende o celular na sua frente] convenças estranhas do carinha com uma suposta ex-namora, que na real passou a ser atual amante, e finge que isso não lhe abala sem hesitar continua na pose, uma verdadeira dama, nem toca no assunto, pelo contrario mete logo outro assunto no meio até porque não quer transparecer que é possessiva, chata, mal-educada ou algo que possa espantar a presa [pelo menos não no inicio]...”
Nos dois casos é visível o esforço que as personagens fazem para não transparecerem o seu verdadeiro eu. Na verdade o “Carinha” não é de puxar cadeira para uma mulher sentar, abrir a porta do carro e acha um absurdo o homem sempre pagar a conta, a seu ver isso tudo é uma caretice só, mas aprendeu desde cedo que uma mulher gosta dessas “frescuras” e se realmente quiser ter uma boa noite de sexo precisa se sacrificar. Já a moça fica muito puta com a porra da ligação, ainda mais vinda da vadia da ex-namorada, o cara vai a casa dela e ainda atende a ex, isso é inaceitável, a vontade era tomar o celular e falar assim: “Ow garota, vai procurar outro porque esse aqui já tem dona [mulheres adoram se sentir poderosas e fazer inveja para outras mulheres], nós estamos felizes, não seja impertinente!...” E só não faz isso porque teme aceitar o fato de que o tal carinha não está apaixonado, pelo menos não por ela e essa atitude[atender o celular do rapaz] implicaria em grandes conseqüências, ou seja, ele poderia simplesmente sumir.
Retomando o raciocínio inicial, essa espécie de humanos deve ser evitada, é sério, [ah, e não é recalque desta que vos escreve]. Porque no dia que a vítima, no caso você, se encontrar triste, abalada (o), mal-humorada (o) porque teve um dia ruim ou por sentir saudades de alguém, precisando de um abraço e poucas palavras, enfim no dia em que você não pode/quer ouvir as desgraças alheias ao contrario quer ser ouvida (o), ah, meu caro leitor (a) esse (a) individuo (a) some, evapora, nem a CIA encontra esse cidadão (ã) e nem perca seu precioso tempo ligando, nessas horas telefones moveis transformam-se em fixos sempre esquecidos em casa, no carro, no trabalho... Enviar SMS é puro ilusão, o (a) tratante não se dar ao trabalho de ler quanto mais responder, resolveu te deixar em standby.
Um belo dia a Crise Existencial do tal cidadão (ã) bate a sua porta de novo e adivinha para quem é a primeira ligação que ele faz ao acordar!? ... Isso mesmo é quem você está pensando, o (a) sem vergonha te liga [ressurgiu das cinzas, a fênix] com a desculpa esfarrapada de que tava muito ocupado (a), muito trabalho, sem tempo para nada, mas que está a beira de um peripaque de tanta saudade que sente de sua pele quente, seus lábios doces e blá blá blá...
Não se deixe iludir, no mínimo a (o) ex- namorada (o) e atual amante lhe deu um belo pé na bunda, caiu na gandaia e fez como ele (ela) fez com você, SUMIU o (a) deixando carente e corniado (a).
Plím!
 Ler a caixa de entrada de seu aparelhinho que agora volta a ser móvel e resolve finalmente olhar suas mensagens: “Saudades”... “O que houve, por que você sumiu?”... “Aparece aqui em casa hoje!”... “Vamos sair?”... “Tudo bem não  vou mais te importunar“... E nessa hora lembra que você existe, te manda um SMS mais ou menos assim: “Oi, BB, tenha uma boa noite, desculpa esses dias é que ando meio conturbado (a). bjs”. Aaah, vai se fu...(piiiiiiiiiiiiiiiiiii)!
É obvio que a solidão é necessária, pessoas que te sufocam demais também não são a melhor pedida, mas não somos acessórios, que caem bem em certas ocasiões e em outras não, ora! Não é porque você é mulher e não quer parecer pegajosa que não deve exigir a atenção do seu parceiro ou porque é homem e teme demonstrar afeto demais que não pode dizer o quanto gosta da sua companheira, isso é pura ignorância! Deixe que os seus sentimentos falem por você, lógico que com cautela, mas por favor não se sinta inferior por ter sido ignorada (o) por essa espécie de gente, egoísta, isso não! Faz como eu. Ignora também! E quando o (a) descarado (a) te procurar recomende ajuda médica ou leve-o a farmácia mais próxima e lhe enfie de goela a baixo um semancol.

26 de outubro de 2010

Carta destinada a Srta mais formosa que Coraçãolândia já viu, Paixão



Oi, querida, Paixão...
Antes de qualquer coisa quero justificar o porquê desta carta! Foi à única maneira que encontrei para que tu soubesses a importância que tens em minha vida, para ser sincero não acredito nem que tu leias até o fim, mas não é de minha índole esquecer ou abrir mão de algo por puro orgulho idiota.
De antemão peço desculpas se estou sendo impertinente, mas como disse a pouco nada mais me veio à mente senão traduzir em palavras o que sinto aqui em meu peito...
Aparecestes como uma brisa refrescando minhas madrugadas tão solitárias. Veio, assim de mansinho, com aquele jeito ímpar, olhar inocente, sorriso aberto distribuídos em lábios carnudos, não tive nem como reagir, teu arsenal era pesado e a Coracãolândia encontrava-se dilacerada, pois a ultima batalha travada naquele tão humilde vilarejo deixara inúmeros mortos e feridos. Cidadãos antigos e ilustres sofreram com a guerra, como a Sra. Esperança dos Anjos que ficou em coma por três longos meses, mas felizmente e obra do criador tem apresentado estado de melhoras, contudo permanece em repouso e com a saúde bastante debilitada, e o, pobre, Amor Próprio de Todos e Silva, tão querido por tantos, esse tadinho, que Deus o tenha! E não poderia deixar de mencionar uma das mais respeitadas e antigas morada da Coracãolândia, a Sra Confiança Alheia que graças a Deus não morreu, mas está em estado gravíssimo na UTI, hospital Sentimentos Perdido.
Então agora tu entendes o porquê de eu não ter te vencido na batalha que travamos [Razão X Emoção], foste fácil invadir minha mente e tomar o poder em Coraçãolândia.
Da mesma forma ligeira em que tu, Paixão, aparecestes também trastes de sumir! Até tentei entrar em contato contigo, mas sempre tinhas algo a fazer; horas era o trabalho, horas compromissos inadiáveis sem contar naquele teu outro amigo, o qual mantinha o mesmo relacionamento que compartilhavas comigo, inclusive há mais tempo que o nosso, a diferença entre ele e eu era que o sortudo podia gritar aos ventos o teu nome, Paixão, já a mim só restava o silêncio e a discrição, confesso que quando descobri esse fato pensei em largá-la com medo de talvez adoecer de arrependimento agudo, mas a verdade Paixão que com essa tua experiência de longa data já tinhas me cativado e nem mesmo o pânico de contrair um vírus letal [decepção] iria me fazer desistir, pelo contrario, era justamente essa adrenalina que me impulsionava a seguir.
Quero que saiba que aquelas madrugadas frias e solitárias que eu tinha antes de conhecê-la, Paixão, voltaram a me atormentar, esse foi um dos motivos que fizeram com que a coragem brotasse e por meio dessa carta viesse a te falar e pedir para que tu, Paixão, não desapareças! Em meus travesseiros ainda existe teu cheiro, em minha boca a doce lembrança de seus beijos e nos meus braços a saudade de afagar teu corpo junto ao meu.

Teu ainda, Menino das Madrugadas!
Beijos do tamanho da saudade que me consome. Espero revê-la em breve!



PS: Quero deixar claro que assim como uma caneta é um instrumento nas mãos de um poeta, eu também fui apenas um meio que o Menino das Madrugadas encontrou de buscar por sua amada! (Risos)

22 de outubro de 2010

Amor ou Posse?



Uma amiga comentou certa vez sobre sua vida amorosa... Em seus relatos ressaltava o amor que sentia por um de seus ex-namorados e que sempre que ambos se encontravam, por ironia ou não do destino, trocavam caricias, faziam o famoso “flashBack”.No inicio da conversa eu percebia claramente o sorriso em seus olhos, mas no desenrolar do papo a sua expressão facial ia mudando, oscilava em risos (com uma pitada de saliência) e olhares perdidos (carregados de magoas e arrependimentos).
Explicava-me que no inicio os flashBacks eram maravilhosos, pois segundo o que falava existia amor, não era apenas uma transa, mas a junção de corpos que foram separados pela distancia e isso era magnífico, contudo com o passar dos anos passaram a ser mecânicos, robóticos...etc. E que no final da noite o sentimento que a possuía já não era mais de contentamento por saciar uma saudade e sim de arrependimento por transar com alguém que já não se importava mais em saber como ela estava, o que lhe afligia ou quão grande era a falta que sentira dele, afinal se encontravam esporadicamente 2 ou 3 vezes ao ano.
Foi aí que a moça começara a perceber que aquele ser adormecido ali despido de trajes já não era mais o seu “narigudo” e nem ela a sua “galega” (apelidos cafonas que os enamorados costumam titular-se), e isso lhe incomodava!
Aquele homem deitado ao seu lado mais parecia um estranho do que o seu ex-amor lembrado com satisfação tantas vezes por essa mulher.
Em momento algum eu me metia na conversa, gostava de ouvi-la, suas palavras exalavam sentimentos e isso sempre me fascinou!
Falou por vários minutos e no fim fez-me aquela pergunta crucial que, particularmente, não gosto (pois sou forçada a dizer o algo que a conforte e o que penso talvez fizesse o inverso): - O que achas disso e se fosses contigo como agirias?
Putz! (grito por dentro) começo a gaguejar: - Ah, é que... (olho o celular e peço a Deus que ele toque, mas ele não toca)...bem... (uma pausa breve para tomar fôlego). E então esse lance de amor é complicado, amiga! (enfim consigo formular uma frase). A frase mais inadequada para usar nessas conversas, pois a pessoas começa a se achar um nada e retruca.
- Eu sei que sou a burra dessa história, que ele não me promete nada e que se existe ilusão é culpa minha... e blá blá blá
A verdade é que nem a estou mais ouvindo, até ouço os ruídos de suas palavras, mas estou entretida com o meu pensamento.
O ser humano opta em reviver o passado, pois tem uma dificuldade exorbitante de se desapegar as pessoas, o sentimento de posse sempre prevalece, talvez nem existisse mais amor por esse tal ex, sentir saudade não significa amar! Amor é outra coisa bem mais legal! Saudade é a certeza de que o passado valeu à pena e só.
A verdade é que essa amiga não sabia lidar com a solidão como acreditava, convenhamos que a solidão seja algo difícil para os humanos, somos muito dependentes de alguém, dependentes de uma “certeza’’, ou pelo menos uma dúvida, de sermos amados por outra pessoa que não seja nosso parente e nem amigo!
Quanto ao fato de não existir mais “amor” na transa deles, isso é balela, pois algumas vezes a moça fizera sexo casual e me confessado gostar bastante da experiência (só para ressaltar, não acredito em amor a primeira vista) .
O problema real era que quando eles transavam o olhar do seu parceiro entregava que na verdade o seu pensamento perambulava longe e que assim como o seu pensamento o coração também não estava ali presente.
O sentimento de perda era o que a incomodava de fato, mas não pensem que humanos sentem-se assim por perder um amor! Não!
Era por alguém ter-lhe “tomado o posto, o qual tanto tempo ocupou no coração daquele cidadão”, percebera não ser mais o centro das atenções e desconfiava que a partir de agora ele já não seria disponível quando ela brigasse com algum namorado, quando se sentisse carente ou mesmo quando quisesse diversificar o cardápio (é, não estranhem, mulheres também gostam de experimentar mais de um prato, apesar de que nesse caso é prato repetido). O que lhe atormentava era a idéia de não ter alguém para se vangloriar dizendo as amigas: "Ah, fulano me ama!" Ou: "Cicrano basta eu estalar os dedos que ele vem!"
Traduzindo, isso é puro egoísmo.
Quem pensa que o egoísta não se importa com nada está muito enganado, pelo contrario para o egoísta tudo tem importância, não abre mão de nada por isso ele é egoísta, quer tudo mesmo sabendo que o “tudo” já não lhe faz falta!
De repente sou interrompida do papo que estava a ter comigo mesma ou como diz meu sobrinho com os meus amiguinhos imaginários. E trazida de volta para a conversa com minha amiga por uma batidinha dela no meu ombro dizendo: - Não é mesmo!?
Putz! (de novo)
Respondo: - Ah, é que...Bem...E então esse lance de amor é complicado, amiga! E antes que ela fale mais, complemento: - E se arrume logo que já estamos atrasadas, esse papo é adequado para uma mesa de bar (risos) e nada de celular, até porque você já sabe né!?... Celular de bêbado é uma arma!
Saímos, bebemos, dançamos, rimos, namoramos, mas quando a moça chegou em casa, rum,  lá estava seu celular, as horas de abstinências de seu aparelhinho perigoso lhe causaram agora uma vontade louca de usá-lo.
Avançou com uma voracidade para pega-lo que nem tive coragem de dizer não use essa droga, simplesmente pedi que se dirigisse para a sala ou cozinha caso fosse consumir sua droga (fazer ligações), pois o álcool misturado com o cansaço de uma noite agitada me deixa sempre muito sonolenta.
Minha noite acabou aí!
E ela?
Ah, deu a desculpa de ir beber água e passou horas no celular, mas isso é outra história!

21 de outubro de 2010

Lembranças

A saudade é capaz de gerar inúmeros outros sentimentos a mesmo tempo no individuo que a sente!
Quando a saudade aperta o peito se enche de alegria, pois nossa mente capta flashes de momentos maravilhosos, eles passam como um filme, no mesmo instante que esse contentamento nos cerca, uma melancolia indescritível aperta-nos por dentro, ao lembrarmos que esses momentos tão significativos se foram, perderam-se no tempo! E que agora nada mais nos resta senão recordá-los!
Aquilo que antes se titulava FELICIDADE, agora atende pelo nome de PASSADO!
O ser humano “rala um bocado” para entender ou aceitar que o tal passado não se pode reviver. As lembranças[passado] ficarão trancafiadas em um baú de recordações trancado a sete chaves e essas chaves sempre se perdem com o tempo. E nem adianta tentar extraviar esse baú, caso obtenha sucesso nisso as relíquias lá guardadas são muito frágeis e qualquer movimento brusco podem destruí-las, é mais sensato deixá-las quietas e em segurança.
Uma grande amiga minha costumava dizer “São outras roupas, outras pessoas”!
As coisas, os fatos, as pessoas, etc. não serão as mesmas, por mais que se tente refazer cada cena haverá sempre algum improviso que fugirá do seu roteiro.
Ao abrir uma aspa lembre-se de fechá-la, senão correrás o risco de perder a linha de raciocínio.
A lembrança, (que faz a saudade brotar no peito) é uma espécie de testemunha ocular. Comprova a veracidade de fatos que alguns julgam serem frutos de nossa imaginação!

20 de outubro de 2010

Nascida de sete meses


Algumas coisas acontecem tão rápido que isso te impede de sofrer por perdê-las!
A vida vai passando às vezes em uma ligeireza tão grande que os acontecimentos vão te engolindo e você nem se da conta que “aquilo” que se foi era importante e que por muito tempo foi algo essencial para o seu bem-estar.
Contudo esse turbilhão de acontecimentos uma hora simplesmente dá uma freada brusca e a dureza da realidade te espreme contra a parede! É nessa hora que as pernas falham que a voz fica tremula e o coração palpita, pois exatamente neste momento a ficha caí, e aí parceiro, você percebe que seu “conto de fadas” não passa de uma fuga do seu inconsciente ao cair em desespero por ter abolido da sua vida uma rotina que a pouco te fazia “feliz”!
Isso machuca, confunde, agride a alma, afinal ninguém nunca está pronto para sentir na pele aquela frase clichê dita por tantos... “Quem eu pensava conhecer nunca existiu”...
Não tem como explicar para o coração que os momentos lindos, as piadas internas, as brigas banais, os e-mail trocados, e as caricias eloqüentes não existiram, ou melhor, existiram, mas tudo não passava de um “teatro”!
Como assim “teatro”?!  Logo eu que tanto amo teatro,  passo agora a enojar essa palavra por ela significar a inexistência de afeto sincero que alguém alimentava por mim!
Não, meu coração nega-se a acreditar que tudo era uma farsa, não é admissível que um ser humano seja tão calculista assim.
- SERES HUMANOS SÃO REGIDOS POR SENTIMENTOS, JAMAIS AGIRIAM ASSIM! (Grita meu coração)
Plaft!
Um tapa de vergonha acerta meu rosto e minha consciência (razão) acusa: - Não te esqueças das atitudes que tens presenciado ultimamente; não te esqueças que a perfeição só existia no seu mundinho que sempre optou por não enxergar o real; não te esqueças que seres humanos infelizmente alimentam sentimentos medíocres e desprezíveis também!
E agora? No que acreditar? Devo dar credito as minhas lembranças e saudades? Aceitar que nem sempre existe a reciprocidade?...etc.
Perguntas e mais perguntas brotam em minha mente, resposta que é bom, nenhuma!
Um dia li em algum lugar a seguinte frase: “O segredo da felicidade é boa saúde e pouca memória!”
Faço dessa frase minha bíblia!
Mágoas ficaram para pessoas que não tem pressa de serem felizes!
Como diz o velho ditado popular: eu nasci de sete meses. Sou a pressa em figura de gente!