26 de outubro de 2010

Carta destinada a Srta mais formosa que Coraçãolândia já viu, Paixão



Oi, querida, Paixão...
Antes de qualquer coisa quero justificar o porquê desta carta! Foi à única maneira que encontrei para que tu soubesses a importância que tens em minha vida, para ser sincero não acredito nem que tu leias até o fim, mas não é de minha índole esquecer ou abrir mão de algo por puro orgulho idiota.
De antemão peço desculpas se estou sendo impertinente, mas como disse a pouco nada mais me veio à mente senão traduzir em palavras o que sinto aqui em meu peito...
Aparecestes como uma brisa refrescando minhas madrugadas tão solitárias. Veio, assim de mansinho, com aquele jeito ímpar, olhar inocente, sorriso aberto distribuídos em lábios carnudos, não tive nem como reagir, teu arsenal era pesado e a Coracãolândia encontrava-se dilacerada, pois a ultima batalha travada naquele tão humilde vilarejo deixara inúmeros mortos e feridos. Cidadãos antigos e ilustres sofreram com a guerra, como a Sra. Esperança dos Anjos que ficou em coma por três longos meses, mas felizmente e obra do criador tem apresentado estado de melhoras, contudo permanece em repouso e com a saúde bastante debilitada, e o, pobre, Amor Próprio de Todos e Silva, tão querido por tantos, esse tadinho, que Deus o tenha! E não poderia deixar de mencionar uma das mais respeitadas e antigas morada da Coracãolândia, a Sra Confiança Alheia que graças a Deus não morreu, mas está em estado gravíssimo na UTI, hospital Sentimentos Perdido.
Então agora tu entendes o porquê de eu não ter te vencido na batalha que travamos [Razão X Emoção], foste fácil invadir minha mente e tomar o poder em Coraçãolândia.
Da mesma forma ligeira em que tu, Paixão, aparecestes também trastes de sumir! Até tentei entrar em contato contigo, mas sempre tinhas algo a fazer; horas era o trabalho, horas compromissos inadiáveis sem contar naquele teu outro amigo, o qual mantinha o mesmo relacionamento que compartilhavas comigo, inclusive há mais tempo que o nosso, a diferença entre ele e eu era que o sortudo podia gritar aos ventos o teu nome, Paixão, já a mim só restava o silêncio e a discrição, confesso que quando descobri esse fato pensei em largá-la com medo de talvez adoecer de arrependimento agudo, mas a verdade Paixão que com essa tua experiência de longa data já tinhas me cativado e nem mesmo o pânico de contrair um vírus letal [decepção] iria me fazer desistir, pelo contrario, era justamente essa adrenalina que me impulsionava a seguir.
Quero que saiba que aquelas madrugadas frias e solitárias que eu tinha antes de conhecê-la, Paixão, voltaram a me atormentar, esse foi um dos motivos que fizeram com que a coragem brotasse e por meio dessa carta viesse a te falar e pedir para que tu, Paixão, não desapareças! Em meus travesseiros ainda existe teu cheiro, em minha boca a doce lembrança de seus beijos e nos meus braços a saudade de afagar teu corpo junto ao meu.

Teu ainda, Menino das Madrugadas!
Beijos do tamanho da saudade que me consome. Espero revê-la em breve!



PS: Quero deixar claro que assim como uma caneta é um instrumento nas mãos de um poeta, eu também fui apenas um meio que o Menino das Madrugadas encontrou de buscar por sua amada! (Risos)

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