26 de dezembro de 2010

Infelizmente Natal


Os cristãos me crucificam, os amigos me acham bizarra, a família autentica\estranha, os desconhecidos me julgam cômica, mas a verdade é que não gosto de natal.
É uma data celebrada por tantos e que a mim faz tão mal. Todas as lembranças felizes e infelizes são lançadas em minha mente, ferem minha alma e despedaçam meu tão golpeado coração.
Nesta data [25 de dezembro] perco controle de meu corpo, pois a saudade o possui, espalha-se pelo meu sangue, corrói meus sentidos, me tira a lucidez, me tira paz, me tira o sossego e em seu lugar deixa o medo.
Não, nem sempre foi assim, eu não nasci tão fria quanto pareço ser já acreditei em Papai Noel, já o esperei ansiosa em noites de natal com a família reunida. É eu também já tive uma família grande, unida e feliz. Mas o tempo passa infelizmente o tempo passa, as pessoas mudam, você cresce, infelizmente deixamos de ser criança, tudo muda, você torna-se adulto, infelizmente tornamo-nos adultos, assumimos compromissos, deixamos de chorar por um simples arranhão porque isso é coisa de criança, paramos inclusive de chorar por sentir saudade porque isso é coisa de gente fraca e nesse mundo de gigantes quanto menos sentimental maior serás e aí você pára de crê no Papai Noel e ele deixa de existir.
Parei de crê em tantas coisas e o natal as traz de volta! Por que natal? Eu não pedi que as trouxesses até mim outra vez, esquecê-las não foi fácil, não me obrigue a lembrá-las, suplico não me obrigue a lembrá-las!
Se as excluí de meus dias é porque elas os tornavam chuvosos, escuros e muito dolorosos. Mais uma vez suplico, não me a lembrá-las, NATAL!

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